Abraham Palatnik nasceu em 1928, em Natal, no Rio Grande do Norte. Pioneiro em arte cinética no Brasil, mudou-se com a família para Tel Aviv, em 1932, onde frequentou a Escola Técnica de Montefiori e se especializou em motores de explosão. Entre 1943 e 1947, estudou no Instituto Municipal de Arte de Tel Aviv, voltando ao Brasil em 1948. No Rio de Janeiro, conviveu com os artistas Ivan Serpa e Almir Mavignier, com quem conheceu o trabalho da médica Nise da Silveira, no Hospital Psiquiátrico do Engenho de Dentro, trabalho este que revolucionou a psiquiatria ao criar ateliês para os doentes reatarem vínculos com a realidade por meio da arte. O contato com outros artistas e as discussões com o crítico Mário Pedrosa fizeram Palatnik partir para relações mais livres entre forma e cor. Aparelho cinecromático foi um trabalho de arte pioneiro no uso de fontes luminosas artificiais, exposto na 1a Bienal de São Paulo, em 1951, quando Palatnik recebeu menção honrosa do júri internacional. Em 1954, integrou o grupo Frente, liderado por Ivan Serpa, com Ferreira Gullar, Mário Pedrosa, Lygia Clark, entre outros.
A partir de 1964, Palatnik passou a desenvolver os Objetos cinéticos, obras de rigor matemático. Em 1999, o artista teve mostras de seus trabalhos, organizadas por Frederico Morais, no Itaú Cultural, em São Paulo, e no Museu de Arte Contemporânea (MAC), em Niterói. De 2013 a 2017, realizou a retrospectiva Abraham Palatnik – A Reinvenção da Pintura, com itinerância pelo país. Palatnik possui obras em diversas coleções institucionais, como a do Museum of Modern Art (MoMA), em Nova York.