Vivian Caccuri nasceu em 1986, em São Paulo, e vive e trabalha no Rio de Janeiro. A artista utiliza o som como veículo para cruzar experimentos de percepção em questões relacionadas a condicionamentos históricos e sociais. Por meio de objetos, instalações e performances, seus trabalhos criam situações que desorientam a experiência diária e, por consequência, interrompem significados e narrativas aparentemente tão entranhadas como a própria estrutura cognitiva. Ao longo dos últimos anos, Caccuri tem investigado o mosquito, animal que protagonizou as maiores epidemias do país através de doenças como a dengue, a febre amarela e a zika. Sua pesquisa propõe uma nova relação ambiental com os mosquitos, assim como uma visão das consequências político-sociais, mesclando realidade e ficção. A artista já desenvolveu projetos em muitas cidades do Brasil e do exterior, incluindo Acra, Detroit, Helsinki, Novo México, Viena, Veneza, Kiev, Valparaíso e Manaus, entre outras. Ao longo de sua carreira, colaborou com diversos músicos, como Arto Lindsay, Gilberto Gil, Fausto Fawcett, e Wanlov. Seus trabalhos sonoros e composições já foram transmitidas em diversas rádios, como Resonance FM, de Londres, Kunstradio, de Viena, e Mirabilis, do Rio de Janeiro. Em 2019, lançou seu primeiro disco de vinil, Transplante da alma, gravado com a utilização do órgão do conservatório Studio Acusticum, na Suécia. Escreveu o livro O que faço é música (2012), no qual investiga os primeiros discos de vinil feitos por artistas plásticos no Brasil, publicado pela editora 7Letras e vencedor do Prêmio Funarte de Produção Crítica em Música, em 2013. Apresentou exposições individuais, como Mosquito Shrine pt.2, no Institute of Contemporary Art (ICA) Miami, em Miami, em 2020; A Soul Transplant, na Röda Sten Konsthall, em Gotemburgo, em 2019; e Água Parada, no MAC Niterói, no Rio de Janeiro, em 2018, entre outras. Sua obra pertence a acervos como ICA Miami, em Miami; Pinacoteca do Estado de São Paulo, em
São Paulo; e o Museu de Arte do Rio (MAR), no Rio de Janeiro.