Paulo Nazareth nasceu em 1977, em Governador Valadares, e vive e trabalha pelo mundo. Antes de ser artista, teve muitos ofícios: vendeu rejeito mineral, doce, geladinho e outros produtos no interior de Minas. Vendeu limão, abacate, feijão, corante-urucum, sabão, muamba do Paraguai, plano de saúde e plano funerário, além de outras mercancias na cidade de Belo Horizonte. Os trânsitos por diversos ofícios contribuem para sua prática artística diversa. Nazareth é artista andarilho, performático, que busca o debate de questões raciais, nacionais e continentais, rompendo barreiras políticas, sociais e linguísticas. Os encontros, as trocas, as descobertas e as criações ao longo desse percurso explicitam não apenas o processo de construção de objetos de arte, mas principalmente um artista on the move. Participou da Bienail de Sydney, em 2020; da Trienal de Nova Orleans, em 2017; e da Bienal de Veneza em 2015 e 2013. Apresentou as individuais Melee, no ICA, em Miami, em 2019; Faca Cega, no Museu de Arte da Pampulha, em Belo Horizonte, em 2018; Premium Bananas, no Museu de Arte de São Paulo (Masp), em São Paulo, em 2013. Em 2018, participou das exposições coletivas How To Talk With Birds, Trees, Fish, Shells, Snakes, Bulls and Lions, no Staatliche Museen zu Berlin, em Berlim, e EXTREME. NOMADS, no Museum für Moderne Kunst (MMK), em Frankfurt; e em 2016, da New Shamans/Novos Xamãs: Brazilian Artists, na Rubell Family Collection, em Miami. Sua obra integra o acervo
de importantes instituições, como a Pinacoteca do Estado de São Paulo e Coleção Banco Itaú, em São Paulo; Tate Modern, em Londres; Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-Rio); Coleção François Pinault, em Paris; e Thyssen-Bornemisza Art Contemporary, em Madri.