Paulo Herkenhoff nasceu em 1949, em Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo. Vive e trabalha no Rio de Janeiro. É curador e crítico de arte. Entre 1985 e 1990, foi curador-chefe do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM Rio). Em 1997, foi responsável pela curadoria do pavilhão brasileiro na 47ª Bienal de Veneza e, em 1998, foi o curador da 24ª Bienal de São Paulo – conhecida como a Bienal da Antropofagia. Foi curador-adjunto do Departamento de Pintura e Escultura do Museum of Modern Art (MoMA) de Nova York, de 1999 a 2002, um dos poucos brasileiros a ocupar esse cargo na instituição. No ano seguinte, foi diretor do Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, cargo que ocupou durante três anos. Em 2007, integrou o comitê de escolha do curador da Documenta 12. Herkenhoff foi o primeiro diretor cultural do Museu de Arte do Rio (MAR), fundado em março de 2013, na região portuária da cidade, no qual ficou até 2016.
Um dos críticos e pensadores mais relevantes do país, fez palestras em várias universidades e publicou artigos em diversas revistas, catálogos de exposições e livros de instituições, incluindo a Tate Modern (Londres), o Centre Georges Pompidou (Paris), a Fundació Antoni Tàpies (Barcelona), além da Universidade Harvard e do Studio Museum Harlem, nos Estados Unidos. Produziu livros de artistas contemporâneos, como Cildo Meireles, Maria Leontina, Antonio Dias e Beatriz Milhazes, e foi autor de produções importantes com olhar renovador sobre a arte, como O Brasil e os holandeses 1630-1654; Arte brasileira na coleção Fadel; e Biblioteca Nacional, a história uma coleção. Nos últimos anos, liderou a valorização da participação de artistas negros nas coleções dos grandes museus.