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Louise Bourgeois

Louise Bourgeois nasceu em Paris, em 1911, e veio a falecer aos 98 anos, em Nova York. Em 1932, Louise estudou matemática na Sorbonne, e a partir de 1936 frequentou o curso de história da arte da École du Louvre e estudou desenho na Escola de Belas-Artes, de Paris, onde foi aluna de Fernand Léger. Em 1938, casou-se com o historiador Robert Goldwater, e com ele mudou-se para Nova York, onde, em 1945, expôs pela primeira vez no MoMA (The Arts in Therapy). Foi de início pintora, seguindo a linha da Escola de Nova York, dedicando-se, a partir de 1949, à escultura, para, segundo ela, melhor expressar “o drama de ser um no meio do mundo”. Tornou-se assim uma das primeiras artistas a conceber instalações, reunindo totens de madeira pintada e criando “paisagens-cavernas” de látex e gesso. Suas obras são profundamente autobiográficas e põem em evidência a noção de relação entre os indivíduos. Louise Bourgeois criou seres híbridos, compostos de falos, cavidades, mamilos, de um modo mais ou menos explícito. Suas esculturas monumentais de aranhas, construções oníricas, são algumas das mais conhecidas. Louise só vem a ser reconhecida nos anos 1970, quando passa a integrar a American Academy of Arts and Science, em Nova York. O MoMA de Nova York foi o lugar de sua consagração em 1982, data histórica em que pela primeira vez o museu realizou uma retrospectiva dedicada a uma artista mulher. Na abertura da Tate Modern, em 2000, a instalação I Do, I Undo, I Redo [Eu faço, eu desfaço, eu refaço] ocupou o espaço experimental Turbine Hall cujo elemento principal era a monumental “Mamam”, que hoje está exposta no exterior do mesmo edifício. No início dos anos 1990, já com mais de 80 anos, a artista discute em suas obras a complexidade do desejo em esculturas cada vez maiores. Em 1995, é realizada uma grande retrospectiva da obra de Louise Bourgeois no Museu de Arte Moderna de Paris. Tendo se naturalizado americana em 1951, a artista representou os Estados Unidos na Bienal de Veneza de 1993. Em 1999, recebeu o Leão de Ouro pelo conjunto de sua obra e em 2009 foi honrada pelo National Women’s Hall of Fame por ter marcado a história dos Estados Unidos.

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