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Frans Krajcberg

Frans Krajcberg nasceu em Kozienice, na Polônia, em 1921, e faleceu em novembro de 2017, no Rio de Janeiro. Sobrevivente da Segunda Guerra Mundial, perdeu a família em um campo de concentração. Escultor, pintor, gravador e fotógrafo, Krajcberg estudou Engenharia e Artes na Universidade de Leningrado. Mudou-se para a Alemanha, onde teve aulas com Willi Baumeister na Academia de Belas-Artes de Stuttgart. Chegou ao Brasil em 1948 e, já em 1951, participou da 19a Bienal de Arte de São Paulo. Considerado um expoente ativista em favor da ecologia, os elementos da natureza e a defesa do meio ambiente marcaram toda a sua obra, tanto na pintura, como na escultura, na gravura e na fotografia. Depois de morar entre Rio de Janeiro, Paris e Ibiza, fixou residência em um sítio em Nova Viçosa, litoral do sul da Bahia, em 1972. Fotografou desmatamentos e queimadas na Amazônia e no Mato Grosso, dos quais utilizou troncos e raízes calcinados em suas esculturas. Na série Africana, nos anos 1980, usou raízes, cipós e caules de palmeiras associados a pigmentos minerais. Em 2003, foi inaugurado o Instituto Frans Krajcberg, em Curitiba, com mais de uma centena de obras doadas pelo artista. Em 2016, trabalhos de Krajcberg foram tema central da 32a Bienal de São Paulo, sob curadoria de Jochen Volz. Eram três conjuntos de esculturas feitas de troncos de árvores derrubadas, cipós e raízes pintados de vermelho e preto – apelidadas de Gordinhos, Bailarina*s e *Coqueiros –, que sugeriam uma dança indígena ao mesmo tempo em que formavam uma floresta na entrada do espaço expositivo do pavilhão modernista. Aos 95 anos, a única exigência feita pelo artista para participar da Bienal foi que o evento saísse em defesa das florestas, do território indígena e da vida do planeta.

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