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Emanoel Araujo

Emanoel Araujo nasceu em Santo Amaro da Purificação, no Recôncavo Baiano, em 1940. Mudou-se para Salvador e estudou na Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia de 1961 a 1965. No mesmo período, produziu ilustrações, cartazes e cenários para teatro. Em 1987, foi convidado como professor distinguido no Arts College, na The City University of New York, onde lecionou Artes Gráficas e Escultura. Ativista do movimento negro, ao longo de sua carreira artística, fez trabalhos como escultor, desenhista, ilustrador, figurinista, gravador, cenógrafo, pintor, curador e museólogo, com foco na produção de conhecimento sobre o legado africano no Brasil. Figuras ancestrais e o inconsciente coletivo são temas determinantes na criação do artista. Entre os personagens que inspiram Emanoel Araujo estão a baiana Mãe Menininha do Gantois (1894-1986) e o fotógrafo franco-brasileiro Pierre Verger (1902-1996). Também merece destaque sua atuação como curador de importantes mostras nacionais e internacionais, como a dos escultores Auguste Rodin, Aristide Maillol, Camille Claudel, Antoine Bourdelle, Niki de Saint Phalle, assim como exposições sobre a imagem e a cultura afro-brasileiras. Em 1972, foi premiado com medalha de ouro na 3ª Bienal Gráfica de Florença, na Itália. A Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) premiou o artista, em 1973, na categoria Melhor Gravador, e, em 1983, na categoria Melhor Escultor. Araujo foi diretor do Museu de Arte da Bahia (1981-83) e diretor da Pinacoteca de São Paulo (1992-2002). Em 2004, fundou o Museu Afro Brasil, em São Paulo, com obras doadas pela Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo. Em 2007, recebeu uma homenagem pelos seus 45 anos de carreira no Instituto Tomie Ohtake, com a exposição Autobiografia do Gesto.

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