Dara Birnbaum

Dara Birnbaum nasceu em 1946, em Nova York, onde mora e trabalha. É formada em arquitetura pela Carnegie Mellon University, de Pittsburgh, Pensilvânia (1969), e em pintura pelo San Francisco Art Institute (1973). Reconhecida como uma das primeiras artistas a utilizar a apropriação de imagens de televisão como estratégia subversiva, Birnbaum, em suas primeiras obras em vídeo, analisava a gramática da tv (tomada em ângulo reverso, cross-cut, inserção) e gêneros (game shows, seriados de televisão, dramas sobre crimes), juntamente com os estereótipos inerentes a eles. Essas obras funcionaram como novos readymades do final do século xx e estabeleceram um precedente ao vídeo scratch. Birnbaum descreve seus primeiros videoteipes como sendo “obras que manipulam um meio altamente manipulativo em si”. Na década de 1980, ela começou a produzir instalações multimídia, aplicando tecnologia de vídeo para subverter, criticar ou desconstruir o poder das imagens da mídia. Seu isolamento de gestos no tempo ajudaram a definir mitologias de cultura, história e memória. Ao explorar como a tecnologia e a mídia atuam na cultura por meio de um conluio entre arte e televisão, Birnbaum produziu obras para contextos que variam de locais públicos à MTV. Participou de grandes exposições internacionais como Documenta 7, em Kassel (1982), Documenta 8 (1987), Documenta 9 (1992); 60’80 Attitudes/ Concepts/ Images [60’80 Atitudes/ Conceitos/ Imagens], Stedelijk Museum Amsterdam (1982); L’Époque, La Mode, La Morale, La Passion. 1977-87 [A Época, A Moda, A Moral, A Paixão], Centre National d’Art et de Culture Georges Pompidou, Musée National d’Art Moderne, Paris (1987); The American Century Art & Culture 1900-2000 [O século americano arte e cultura 1900-2000], The Whitney Museum of American Art, Nova York (2000). Birnbaum foi a primeira videoartista a receber o prestigiado prêmio Maya Deren, do American Film Institute for Independent Film and Video (1987).