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Cildo Meireles

Cildo Meireles nasceu em 1948, no Rio de Janeiro, onde atualmente vive e trabalha. Cresceu na capital do país, Brasília, e mais tarde estudou na Escola Nacional de Belas Artes e na Escola do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. O artista construiu uma obra impregnada pela linguagem internacional da Arte Conceitual, a qual dialoga com o legado poético do Neoconcretismo brasileiro de Lygia Clark e Hélio Oiticica. Em um conjunto de trabalhos realizados em 1970, Inserções em circuitos ideológicos, Cildo interveio clandestinamente na circulação da moeda local e de garrafas de Coca-Cola, colocando mensagens subversivas, como “Yankees Go Home”, em decalques brancos no corpo das garrafas, que depois passaram por incontáveis mãos. Como reação à evidente pressão política, incluindo o cancelamento de exposições, Cildo, assim como Oiticica, deixou o Brasil, mudando-se para a cidade de Nova York, onde morou de 1971 a 1973. Desde seu retorno ao Brasil, em 1973, desenvolveu uma obra vasta e diversa, com instalações que ocupam salas inteiras, esculturas e desenhos, que foram apresentados em diversas exposições individuais, em instituições no Brasil e no exterior, como o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM Rio), o Museu de Arte Moderna (MoMA) de Nova York, e o Reina Sofía, em Madri. Em 2008, ganhou o prêmio Velázquez de Artes Plásticas, concedido pelo Ministério da Cultura da Espanha. No mesmo ano, teve uma retrospectiva de sua obra na Tate Modern, em Londres. No Instituto Inhotim, em Minas Gerais, a Galeria Cildo Meireles expõe trabalhos do artista, como Desvio para o vermelho: impregnação, entorno, desvio (1967-1984), com a representação de uma sala onde os objetos, de diversas procedências, são todos vermelhos.

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