Um dos mais respeitados intérpretes do Brasil, o cineasta, produtor e escritor Cacá Diegues traduziu em filmes a identidade social, política e cultural do povo brasileiro. Alagoano que mora no Rio de Janeiro desde criança, e um dos fundadores do Cinema Novo, Diegues foi indicado três vezes à Palma de Ouro do Festival de Cannes, à qual concorreu com Bye bye Brasil (1980), Quilombo (1984) e Um trem para as estrelas (1987). Realizou 37 filmes, entre curtas, médias e longas-metragens. Com filmes exibidos comercialmente em todos os continentes, participou das seleções oficiais dos mais importantes festivais internacionais de cinema, como Cannes (onde também foi membro do Júri, em 1981 e 2010), Veneza, Berlim, Toronto, Locarno, Montreal, San Sebastián e Nova York. Entre seus filmes premiados no exterior estão Orfeu, eleito melhor filme na Mostra de Cartagena, em 2000, e O maior amor do mundo, vencedor do Gran Prix des Amériques, em Montreal, em 2006. No Brasil, um de seus maiores fenômenos de bilheteria, Xica da Silva (1976), que anunciava a volta da alegria democrática, conquistou o troféu Candango de melhor filme e de melhor diretor no Festival de Brasília. Tieta do agreste (1996) e Deus é brasileiro (2002), adaptados de grandes obras da literatura nacional, também figuram entre os filmes de maior público. Em 1998 recebeu do governo francês o título de “Officier de l’Ordre des Arts et des Lettres” e foi agraciado com a medalha da Ordem de Mérito Cultural, outorgada pelo governo do Brasil, em 2001. Cacá Diegues tem outros nove livros publicados e, desde 2010, escreve regularmente artigos para jornal O Globo.
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